Enxerto Vascular em ePTFE

O Enxerto Vascular em ePTFE (politetrafluoroetileno expandido) é um dispositivo médico desenvolvido para reconstrução vascular, substituindo ou reforçando vasos sanguíneos comprometidos. Sua tecnologia avançada permite aplicações em bypass arterial,

Descrição do Produto

Os enxertos vasculares em ePTFE da Biomed são fabricados com uma estrutura porosa avançada, garantindo excelente biocompatibilidade e resistência mecânica.

Características Principais

  • Material: ePTFE (politetrafluoroetileno expandido)
  • Modelos Disponíveis:
    • Reto (parede padrão ou fina)
    • Cônico curto ou escalonado
    • Com suporte espiral ou sem suporte
    • Pré-curvo para configurações especiais
  • Esterilização: Óxido de Etileno (ETO)
  • Uso: Único, não pode ser reesterilizado
  • Registro ANVISA: 81398250007

Indicações de Uso

Os enxertos de ePTFE são indicados para:

  • Reconstrução vascular periférica – bypass femoral, poplíteo e axilar.
  • Acesso vascular para hemodiálise – fístula protética (AVG).
  • Bypass extra-anatômico – femoro-femoral, ilíaco-femoral e axilo-femoral.
  • Correção de aneurismas e estenoses arteriais.

Os modelos com suporte espiral são ideais para áreas sujeitas a compressão ou flexão, reduzindo o risco de colapso do enxerto【30】.

Contraindicações

Os enxertos não são indicados para:

  • Aorta ascendente e artérias coronárias.
  • Artérias pulmonares e cerebrais.
  • Pacientes com hipersensibilidade ao ePTFE.
  • Zonas de alta mobilidade sem suporte adequado.
  • Áreas propensas a oclusão total devido à mobilidade do paciente.

O uso indevido pode resultar em trombose, infecção e falha do enxerto.

Especificações Técnicas

 

Tipo de Enxerto Diâmetro (mm) Comprimento (cm) Características
Parede Padrão (reto) 5, 6, 7, 8 10 - 100 Alta resistência e flexibilidade
Parede Fina (reto) 5, 6, 7, 8 20 - 80 Fino, pegada macia
Cônico Curto 6 - 8 10 - 50 Minimiza síndrome de roubo
Cônico Escalonado 6 - 8 20 - 80 Melhor distribuição de fluxo
Reforço Espiral 5 - 8 10 - 100 Maior resistência a compressão

Os modelos com suporte evitam dobras e colapsos, sendo recomendados para áreas de maior exigência mecânica.

Instruções de Uso

Implante do Enxerto

  1. Preparação do campo cirúrgico – garantir ambiente estéril.
  2. Seleção do tunelizador – compatível com o diâmetro do enxerto.
  3. Tunelização e posicionamento – evitar torções e dobras.
  4. Fixação anastomótica – sutura atraumática com fio monofilamentar.
  5. Teste de fluxo sanguíneo – verificar a patência do enxerto【30】.

O uso imediato do enxerto para acesso vascular pode aumentar o risco de hematomas. Recomenda-se aguardar 2 semanas para estabilização.

6. Cuidados e Precauções

  • Evite tensão excessiva no enxerto. Pode causar ruptura ou falha na anastomose.
  • Não perfure a região do suporte espiral. O suporte não deve ser removido.
  • Evite contato com óleo, álcool ou soluções aquosas. Esses elementos podem comprometer a vedação do material.
  • Não reutilizar. Produto de uso único.

Perguntas Frequentes (FAQ) – Enxerto Vascular para Acesso Arteriovenoso (Fístula Protética / Arteriovenous Graft - AVG)

Esta seção reúne as principais dúvidas sobre o uso do enxerto vascular em ePTFE da Biomed para acesso vascular em pacientes submetidos à hemodiálise. Todas as informações foram validadas com base nas especificações técnicas e nas instruções de uso dos documentos fornecidos.

1. O que é um enxerto arteriovenoso (AVG) e qual sua aplicação na hemodiálise?

O enxerto arteriovenoso (AVG) é um dispositivo médico implantado cirurgicamente para conectar uma artéria a uma veia, criando um acesso confiável para sessões regulares de hemodiálise.

Ele é indicado quando o paciente não possui veias nativas adequadas para a criação de uma fístula arteriovenosa (FAV), que é o método preferencial. O enxerto possibilita um fluxo sanguíneo suficiente para a hemodiálise, garantindo um tratamento seguro e eficaz.

2. Qual a diferença entre um enxerto arteriovenoso (AVG) e uma fístula arteriovenosa (FAV)?

Fístula Arteriovenosa (FAV)

  • Criada cirurgicamente ao conectar diretamente uma artéria a uma veia.
  • Necessita de um período de maturação de semanas a meses antes de ser utilizada.
  • Tem menor risco de infecção e maior durabilidade.

Enxerto Arteriovenoso (AVG)

  • Utiliza um tubo sintético (ePTFE) para conectar a artéria à veia.
  • Pode ser utilizado em um prazo mais curto, geralmente entre 2 a 4 semanas após a cirurgia.
  • Indicado para pacientes sem veias adequadas para uma FAV.

3. Quanto tempo após a cirurgia o enxerto pode ser utilizado para hemodiálise?

O enxerto deve permanecer em repouso por aproximadamente 2 semanas antes do primeiro uso, permitindo a cicatrização e minimizando o risco de hematomas e trombose.

Em alguns casos, dependendo da avaliação médica e do modelo do enxerto, a punção pode ser realizada em um período mais curto, caso não haja sinais de complicações, como infecção, edema ou hematoma.

4. Qual a diferença entre um enxerto de ePTFE com suporte e sem suporte?

Com suporte (Reforçado / Suporte Espiral / Parede Padrão Reforçada)

  • Maior resistência à compressão e torção.
  • Indicado para locais de alta mobilidade ou pacientes com necessidade de um enxerto mais resistente.
  • Melhor desempenho para uso frequente na hemodiálise.

Sem suporte (Parede Fina / Ultrafina)

  • Maior flexibilidade e facilidade de manipulação.
  • Indicado para implantes subcutâneos em áreas menos sujeitas a compressão.
  • Pode apresentar menor risco de trombose inicial, mas pode ter menor durabilidade.

A escolha do modelo ideal deve ser feita pelo cirurgião vascular, considerando as características anatômicas e clínicas do paciente.

5. Como deve ser feita a punção do enxerto para hemodiálise?

Técnica correta de punção:

  • A agulha deve ser inserida em um ângulo de 45°, com o bisel voltado para cima.
  • Evitar transfixação: a agulha deve perfurar apenas um lado do enxerto.
  • Não puncionar na região do suporte espiral, caso presente.

Alternância dos locais de punção:

  • Evitar reutilizar o mesmo local para prevenir danos estruturais e a formação de pseudoaneurismas.
  • A punção deve ser distribuída ao longo do comprimento do enxerto.

Evitar punção nas extremidades:

  • Não puncionar a menos de 2,5 cm das anastomoses (conexões cirúrgicas), para evitar vazamentos e trombose.

6. O que pode acontecer se o enxerto for puncionado repetidamente no mesmo local?

O uso contínuo do mesmo local pode causar:

  • Trombose devido ao dano interno do enxerto.
  • Pseudoaneurismas (dilatação do enxerto por punções repetidas).
  • Infecção local caso não sejam seguidas práticas assépticas adequadas.

Alternar os pontos de punção ajuda a prolongar a vida útil do enxerto e a reduzir riscos.

Documentos e Manuais para Download

  • Instruções de Uso (IFU)Baixar
  • Ficha TécnicaBaixar
  • Rotulagem do ProdutoBaixar

9. Suporte Técnico